O adulto e a criança dentro de si

O transtorno de ansiedade se manifesta no indivíduo de forma paradoxal. Por um lado, um adulto responsável, por vezes alternando com um lado infantil e inseguro. Este contraste propícia com que a pessoa sinta-se confusa e desorientada, trazendo com isso cobranças, autocrítica e, irritabilidade, medos. A ação de exercitar o lado adulto para cuidar e acolher seu lado infantil, é uma saída criativa.

Olhando a criança externamente, imagine-a com medo de trovão. Um adulto que a crítica e grita com ela, exigindo que ela vença seus medos dificilmente vai ajudá-la a superar sua insegurança. Do mesmo modo, o adulto que se tranca no quarto junto com a criança, fechando as janelas para que os trovões fiquem longe, tampouco ajudaria.

A melhor atitude, no caso, seria reconhecer o medo que a criança está sentindo, segurar na sua mão para acalmá-la, conversar e ajudá-la a entender o que acontece e só depois convidá-la a se aproximar da janela, olhar a chuva, os raios e assim começar a enfrentar a situação temida…

O enfrentamento dos medos irracionais é a melhor estratégia para domesticá-los, porém este caminho só funciona se a atitude for primeiro, de aceitação do próprio medo.

Depois, é importante uma atitude de apoio incondicional para ajudar a criança a ir lidando com o medo de sua reação emocional. Essa atitude do adulto é a mesma que uma pessoa ansiosa precisa ter consigo mesma, esteja ela com Transtorno do Pânico, Fobia Social, Estresse Pós-Traumático, etc.

Seu lado adulto precisa pegar na mão de seu lado infantil e assustado e ajudá-lo a aceitar o sentimento, gradativamente ir olhando seus temores para administrar o medo que sente e aprender a olhar com mais lucidez para as consequências catastróficas temidas, para ver como o monstro não é tão perigoso quanto parecia.